COVID-19 impulsiona uso de metodologias ativas no ensino a distância

João Silva Coelho

Game designer especializada em documentação e design de narrativa com mais de 8 anos de experiência em startups e empreendedorismo.

covid-19 impulsiona uso de metodologias ativas no ensino à distância

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As metodologias ativas ganham espaço no ensino a distância

Devido à suspensão das atividades escolares presenciais como medidas preventiva contra a propagação do novo Coronavírus, as instituições de ensino, públicas e privadas, se viram diante de um grande desafio: garantir a permanência das aulas.

Nesse contexto, a modalidade de educação a distância passou a ser a principal aliada para a continuação das atividades educacionais. Isso tudo sem comprometer o aprendizado dos alunos.

É fato que em 2020, o celular, tablet, notebook, mesa digitalizadora, ringlight e microfone foram algumas das ferramentas adicionadas ao material de trabalho do professor.

No atual cenário pandêmico, o docente necessita desenvolver a habilidade com programas de gravação bem como edição de vídeos. Além disso, há a utilização de plataformas de videochamadas, chats e lives.

Para além da prática com o uso das ferramentas virtuais, a educação a distância vem solicitando do docente a adequação da sua prática, uma vez que o ambiente virtual se diferencia da sala de aula física.

Dessa maneira, o professor hoje é convidado a lançar mão, cada vez mais, das metodologias ativas, com o propósito de compartilhar os conteúdos de modo que a aprendizagem dos educandos não sofra interferência.

Pensando no atual contexto da educação remota e on-line, listamos três tipos de metodologias ativas que podem contribuir para a elaboração de aulas mais dinâmicas. E também voltadas para a interação de qualidade entre professor e aluno no ambiente virtual:

Uma das metodologias ativas é a Gamificação

Apesar do nome, a gamificação, ou gamification, não diz respeito ao uso dos games, mas ao processo de aprendizagem pautado nos jogos.

Essa metodologia consiste na execução de atividades estruturadas sob a lógica dos jogos, digitais ou não, com o objetivo de engajar e estimular os alunos a aprender.

Por fazer parte do universo das crianças e jovens, os jogos promovem a competição e incentivam na interação entre eles. Por essa razão, cabe ao docente planejar, elaborar desafios que sejam adequados aos conteúdos trabalhados e às competências e habilidades de cada turma.

Hoje, diversas ferramentas podem auxiliar o professor na gamificação dentro da educação on-line. Dentre as mais utilizadas, temos as que possibilitam a criação de jogos em formato de quiz, como Kahoot, Socrative, Google Forms e Quizcreator.

O Escape Room é outro recurso que pode ser utilizado de maneira bastante interativa. Nessa ferramenta, deve ser criada uma narrativa que envolva a resolução de desafios e enigmas para que o participante se liberte da “sala fechada”.

Quem conclui as provas dentro do tempo estipulado, consegue sair das “salas fechadas”. Para a execução dessa atividade, o professor necessita elaborar a narrativa na qual as pistas, enigmas e desafios tenham relação com os conteúdos da disciplina.

Desse modo, é um exercício que permite praticar os conhecimentos construídos durante as aulas, além de elevar a autoconfiança dos alunos.

Fórum invertido

Recurso virtual assíncrono que já é bastante utilizado no ambiente digital e que permite ao discente ampliar a compreensão dos conteúdos, tirar dúvidas, além de proporcionar a interação com outros alunos, possibilitando assim, uma rica troca de experiências.

Nessa modalidade, o professor atua como um tutor que irá orientar os estudantes por meio de questionamentos que despertem a curiosidade, ampliem as reflexões e construam a habilidade do raciocínio crítico.

Sem dúvida, uma excelente estratégia para consolidar o aprofundamento dos conteúdos de forma participativa, o que resulta na autonomia dos educandos.

Video based learning como uma das metodologias ativas

O VBL (vídeo based learning) é uma metodologia de aprendizagem embasada na utilização de vídeos. O foco do VBL é que os vídeos sejam interativos, ou seja, é necessário transpor a passividade dos vídeos tradicionais.

É imprescindível investir em textos, imagens, infográficos, explanação através de storytelling, chats ativos no momento da aula, participação de especialistas convidados, webséries, etc.

Ou seja, no VBL o professor pode fazer uso de qualquer estratégia visual que amplie a interação e engaje o aluno, gerando aulas mais dinâmicas, interação e aprendizado.

A pandemia do novo Coronavírus nos mostra que o ensino a distância veio para ficar e derrubar as barreiras que possam inviabilizar o aprendizado. Sem dúvida, há nesse momento, a oportunidade do professor se reinventar e aprender a utilizar os recursos digitais indispensáveis para o exercício da profissão na contemporaneidade.

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