A pandemia causada pelo avanço do novo Coronavírus trouxe impactos negativos na economia mundial. Diversas empresas foram obrigadas a encerrar as atividades, devido às restrições de aglomeração. O que é problema para uns, virou oportunidade para outros. Isso se aplica às startups de educação que tiveram aderência maior ao ensino a distância.
Um estudo realizado pelo Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb) e a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), em abril, mostrou um crescimento de 23% no número de edtechs, ou seja, de startups relacionadas à educação.
E as projeções apontam um crescimento ainda mais acelerado após a pandemia. Acompanhe os tópicos que separamos para você!
- Avanço de novas tecnologias educacionais
- Ampliação do mercado das startups na educação
- Pós-pandemia
Avanço de novas tecnologias educacionais
Uma startup de educação pode atuar em mais de um segmento. O estudo citado classificou as edtechs de acordo com setores e com as soluções oferecidas.
De acordo com o estudo, quase 17% das 449 startups de educação trabalham com cursos livres, sendo 16% no ensino superior e 13,6% com atividades coorporativas.
Além disso, o estudo mostra que as projeções para as edtechs são mais otimistas para os próximos anos.
Por isso, as instituições de ensino estão se adequando, modernizando a maneira de trabalhar, utilizando a tecnologia para educar crianças, jovens e adultos.
Porém o crescimento da utilização de novas tecnologias ainda preocupa alguns especialistas da área, já que mais de 80% das escolas de ensino básico são públicas e não dispõem da estrutura necessária.
Ademais, é necessário criar estratégias de incorporação das novas tecnologias nessas escolas, no sentido de capacitar alunos e professores que vivem realidades distintas das escolas particulares.
Ampliação do mercado das startups na educação
O cenário mundial é cada vez mais propício ao crescimento das edtechs. No Brasil, especialmente, 48,5 milhões de estudantes estão no ensino básico, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Assim, os números apontam que 2020 fechará com resultados animadores, pois, de acordo com a Unesco, pelo menos 1,3 bilhão de estudantes estão sem poder frequentar as salas de aula.
Nesse sentido, a procura por aplicativos de educação no Brasil aumentou 130% em março, primeiro mês de pandemia, perdendo apenas para os aplicativos que auxiliam no home office e para os de videoconferências.
Então, visto que o aumento da necessidade de adaptação ao ensino remoto é inevitável, o crescimento das edthecs tende a acompanhar para suprir a demanda.
Pós-pandemia
Certamente, sabemos que, após a pandemia, muitos dos nossos hábitos irão mudar. Alguns totalmente.
E o mercado em geral precisará acompanhar essas mudanças. Somente dessa forma, poderá atender as novas tendências que surgem, visto que as inovações transformaram as formas de se relacionar, estudar, consumir e trabalhar.
Por isso, esse é um momento desafiador para todos: enquanto as startups de educação tendem a crescer, será também necessário que haja profissionais capacitados para os cargos nessas empresas.
Ou seja, é imprescindível que profissionais ligados à educação e tecnologia estejam atualizados para esse novo mercado, buscando adaptação.
Por outro lado, estudantes não adaptados ao ensino remoto, terão que ter mais engajamento para manter a rotina de estudos, já que o ensino a distância requer mais compromisso dos alunos.
Entretanto, não podemos nos esquecer dos milhares de brasileiros que não têm acesso a dispositivos tecnológicos, ferramentas digitais e internet. Esses representam o verdadeiro compromisso do governo com a educação.
Se você gostou desse artigo, continue acompanhando nosso site para mais informações!